quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fumec amplia projeto Palma na Educação de Jovens e Adultos

(Ingrid Vogl e Maria Finetto)


A Prefeitura, por meio da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), ampliará ainda mais o projeto Palma - Programa de Alfabetização da Língua Materna, em escolas e outros locais que desenvolvem o projeto de Educação de Jovens e Adultos I (EJA - anos iniciais do ensino fundamental) na rede municipal de ensino.

O Palma é oferecido desde abril de 2011 para a turma do EJA I da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Clotilde Barraquet Von Zuben, na região Noroeste de Campinas. O programa passa a ser ampliado para as demais regiões da cidade, atuando na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Prof. Jorge Leme (região Norte); Centro de Atendimento Social Integrado-Casi (região Sul); Unidade São Benedito (região Leste) e Unidade da Administração Regional 12 (região Sudoeste). No total, o Palma será ampliado para 78 alunos e cinco professoras da Fumec.

Para marcar a ampliação do projeto, a Fumec realizou uma cerimônia nesta terça-feira, dia 13 de setembro, para a entrega dos 78 aparelhos celulares do tipo smartphone aos alunos que passam a fazer parte do Palma. O evento foi realizado à noite, no auditório do Centro de Educação Profissional de Campinas “Prefeito da Costa Santos” (Ceprocamp), com a presença do prefeito Demétrio Vilagra, da diretora do Fumec, Mônica Estela Mecatti, o matemático professor José Luis Poli, idealizador do projeto e o secretário de Trabalho e Renda, Sebastião Arcanjo. A cerimônia também contou com a apresentação do Coral Instituto Robert Bosch.

O projeto Palma é oferecido a alunos do EJA I a partir do uso de celulares com o objetivo de complementar atividades trabalhadas em sala de aula e desenvolver competências básicas de leitura e escrita, por meio de métodos digitais. Os smartphones utilizam software do tipo app com recursos de áudio e imagem, com o qual os alunos podem realizar exercícios.

O alunos recebem os aparelhos gratuitamente por onde acessam diariamente o programa. Lições sonorizadas complementam a alfabetização em cinco níveis: alfabeto, sílabas simples, sílabas complexas, vocabulário e interpretação de texto. As respostas das tarefas são enviadas por SMS à professora e monitora da turma de EJA. Os mesmos dados são acessados pelos professores, diretores da escola e pelo secretário municipal de Educação.

Inclusão

O prefeito Demétrio Vilagra agradeceu todos os envolvidos no Palma, do idealizador, Fumec, diretores, professores que estão transformando vida de brasileiros com esse projeto de cidadania e inclusão digital. Vilagra lembrou que a taxa de desemprego em Campinas é a menor que a do Brasil, apenas 4,2% da População Economicamente Ativa (PEA) da cidade ficaram sem ocupação em 2010 enquanto a do Brasil é de 6,7%.

O prefeito também mencionou a entrega de 440 geladeiras às famílias beneficiadas com apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), no Residencial Jardim Bassoli realizada no período da manhã da terça-feira (13). “O trabalho de inclusão precisa da ajuda do governo e da sociedade”, disse.

O Palma é uma parceria com a empresa Inovação, Educação e Soluções Tecnológicas (Ies2), empresa do matemático professor José Luis Poli, idealizador do projeto. Ele disse que o prefeito apoiou o Palma e que espera ampliá-lo para que ele chegue a pelo menos uma classe por bairro da cidade.

A diretora da Fumec, Mônica Mecatti disse que a 'iniciativa é louvável e de resultados notáveis'. Segundo ela, os testes, ao final da primeira fase, revelaram uma média de 70% de aproveitamento das atividades programadas. “A evasão escolar caiu a zero e a aceleração da aprendizagem é surpreendente”, afirma.

Segundo a coordenadora do EJA I, Marinalva Imaculada Cuzin, o projeto contribui com a proposta da Fumec para trabalhar com o letramento digital, já que a utilização de recursos tecnológicos é uma realidade na vida dos alunos. Os smartphones também facilitam a aprendizagem dos alunos com deficiências físícas.

Claudio Oliveira Kosaske, aluno da Emef Professora Clotilde Barraquet Von Zuben, diz que o aparelho ajudou-o muito a ler e escrever. “Ele junta as palavras e com a ajuda do som e imagem fica mais fácil entender o que significa”, explica o aluno que, aos 40 anos decidiu voltar a estudar por causa do concorrido mercado de trabalho. Para ele, o smartphone ajudou a melhorar o seu rendimento na escola – 'no mínimo 30% a mais', calcula Claudio que só tem elogios para os recursos tecnológicos do aparelho.

Ao contrário de Claudio, outra aluna da Fumec, Dercila Soares de Souza, moradora do Vila Padre Anchieta, região Norte, não sabe usar todas as funções de um celular e nunca viu um smartphone. Ela recebeu o aparelho e diz que espera “superar o receio de usar a nova tecnologia” para reforçar o seu aprendizado.

Fonte: Site da PMC.

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