quinta-feira, 16 de junho de 2011

EMEI Pinóquio - Agrupamento III E

Plano de ensino- Agrupamento III-E
2011
Professora: Elaine Cristina Farias de Souza Cruz


“OS EMBALOS DA MPB CONTINUAM: CONHECENDO A PRODUÇÃO CULTURAL BRASILEIRA ATRAVÉS DAS MÚSICAS E COMPONDO A HISTÓRIA E A CULTURA INFANTIL”

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.” (Paulo Freire)
“Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.” (Paulo Freire)

A importância da música no desenvolvimento infantil
A música não pinta o amor ou a aspiração de um dado individuo em dadas circunstâncias, ela pinta a própria paixão, o próprio amor, a própria aspiração.

Através da música o ser humano consegue uma forma de expressar-se sentimentalmente, traz consigo a possibilidade de exteriorizar as alegrias, as tristezas e as emoções mais profundas, emergindo emoções e sentimentos que as palavras são muitas vezes incapazes de evocar. Além disso impulsiona a expressão corporal e faz com que o corpo vibre com a excitação que o abala.

A musicalização é um valioso instrumento que auxilia na aprendizagem, pois favorece ao aluno o ato de aprender. É uma linguagem cujo conhecimento se constrói e não um produto pronto e acabado. Traz alegria, descontração, entusiasmo, tudo o que é necessário para um bom aproveitamento escolar. Pela musicalização as crianças ampliam suas relações com o espaço natural ou construído, até mesmo se expressando a partir do corpo, não percebendo que assim, estará transferindo os elementos expressivos encontrados nos estímulos sonoros das composições musicais.

Ao trabalhar com música em atividades pedagógicas o educador é capaz de alcançar objetivos importantes, como:
  • Aumentar o interesse pela aprendizagem;
  • Facilidade na assimilação;
  • Descontração;
  • Aprendizagem significativa;
  • Melhora a interação e a confiança em si mesmo;
  • Estimula o desenvolvimento corporal;
  • Amplia as experiências sensoriais, afetivas e intelectuais.
A música é um poderoso veículo para criar situações onde os alunos tornam-se sensíveis, adaptados, produtivos e felizes, por isso, precisa-se arregaçar as mangas e trabalhar, buscando novas formas de ensinar, propiciando ao educando a afirmação de sua identidade, domínio, controle, desenvolvimento da parte afetiva, cognitiva, motora e social.

Nas palavras de Saviani (2004):
“A educação musical deverá ter um lugar próprio no currículo escolar. Além disso, porém, penso ser necessário considerar outra alternativa organizacional que envolve a escola como um todo e que, no texto preliminar que redigi para encaminhar para a discussão do projeto da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, traduzi através do enunciado do artigo 18 do anteprojeto, nos seguintes termos: os poderes públicos providenciarão para que as escolas progressivamente sejam convertidas em centros educacionais dotados de toda a infra-estrutura física, técnica e de serviços necessária ao desenvolvimento de todas as etapas da educação básica.” (Revista Presença Pedagógica, 2004, p.17).
Com isso percebe-se que a música não pode estar dissociada das práticas cotidianas das crianças, uma vez que atividades musicais que envolvem o canto, a dança, o movimento e a improvisação já fazem parte do ambiente das crianças, no meio familiar ou fora dele.

O professor deve estar atento aos interesses e às necessidades das crianças, para que elas venham ter prazer nas atividades propostas. O educador pode, utilizando-se da música realizar um excelente trabalho e conseguir em suas aulas um ambiente tranquilo e ao mesmo tempo ativo.

De acordo com Penna (apud Revista Presença Pedagógica, 2002, p.41):
“O mais importante é que o professor, consciente de seus objetivos e dos fundamentos de sua prática – onde a música deve ser encarada como uma produção e um meio educativo para a formação mais ampla do indivíduo – assuma os riscos – a dificuldade e a insegurança – de construir o seu caminho do dia-a-dia, em constante reavaliação.”
As atividades pedagógicas propiciadas através da linguagem musical dizem respeito à relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. O modo de conceber o processo e o objeto dessa aprendizagem é que valoriza a ação pedagógica inserida na prática social concreta, tornando-a mediadora entre o individual e o social.

Sendo assim, após a análise dos benefícios educacionais que são proporcionados através da música, resolvemos nesta Unidade Escolar, fazer da música nosso objeto de trabalho, e o compositor escolhido para as atividades do agrupamento III C foi o conceituado Vinícius de Moraes.
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.” (Rubem Alves)
Objetivo Geral
Adaptação: Proporcionar condições adequadas para a criança sentir-se, perceber-se e conhecer-se, estabelecendo relações com o meio em que vive, desenvolvendo, assim, sua sensibilidade, socialização, afetividade e solidariedade, através da interação com o grupo e com o meio.
Identidade: Favorecer ao aluno o autoconhecimento, a aceitação de si mesmo, despertando o sentimento de auto-estima, percebendo as diferenças, levando as crianças a se identificarem pelo nome e por sua história de vida, assim como a identificar os outros.
Corpo, alimentação e higiene: Proporcionar o reconhecimento de seu próprio corpo, conhecendo bons hábitos de higiene e alimentação enfatizando sua importância, promovendo o bem estar e a saúde.
Sentidos: Desenvolver os sentidos, estimulando a coordenação motora, a linguagem oral e a percepção dos órgãos dos sentidos.
Família: Destacar a importância da família, identificando-se como membro dela, observando os diferentes costumes familiares.
Números e cores: Contribuir para o desenvolvimento da habilidade lógica-matemática, destacando as cores, formas, volume, relações de grandeza, localização espacial e quantidade.
Estações do ano: Perceber as mudanças e diferenças de cada estação do ano e das mudanças climáticas que ocorrem ao longo do dia e dos meses.
Literatura infantil e ecologia: Conscientizar as crianças da importância do cuidado e preservação com a ecologia, fazendo com que as mesmas sintam-se bem no ambiente escolar, buscando atitudes de proteção e cuidado com o meio em que vivem, além de despertar o interesse e o gosto pela literatura infantil.
Linguagem Corporal: A Linguagem corporal é uma das formas de expressão humana que deve estar presente no processo ensino-aprendizagem da Educação Infantil; é fundamental que a criança se perceba através dos movimentos de seu corpo, envolvendo-se em situações pedagógicas que valorizem a produção com as diversas partes do corpo, pois, a contrução de conhecimentos efetua-se de diversas maneiras, considerando-se a criança como um todo complexo e incompleto, dotado de interesses e necessidades próprias a cada sujeito pertencente ao grupo.
Segundo Bordenave (1982, p. 59): (...) A metacomunicação pode ser verbal ou não-verbal, isto é, feita quer com palavras, quer com gestos, olhares, tom de voz. É importante esclarecer como funciona a linguagem corporal e o que cada gesto significa, pois o professor só saberá ensinar se de fato conhecê-los. Baseando-se nisso Pease afirma que:
Reserve pelo menos cinco minutos diários para estudar a linguagem corporal das outras pessoas e adquirir consciência de seus próprios gestos. Os melhores locais dessa leitura são os ambientes onde as pessoas se encontram e interagem. (2004, p.33)
Para que aconteça o desempenho efetivo no decorrer da execução da linguagem corporal é fundamental que o educador tenha um conceito formado e praticado sobre essa linguagem, e consequentemente o mesmo terá como aliado uma grande ferramenta para ministrar uma aula criativa, comunicativa e dinâmica.

O principal valor que a linguagem corporal atribui em uma sala de aula é a diversidade que ela pode oferecer ao âmbito escolar, pois, através das diferentes formas de construção de conhecimentos é que podemos chegar ao sucesso esperado. Segundo Gam Bardella (2004 pg.21), (...) A Linguagem é a propriedade basicamente humana de manifestar idéias e sentimentos por meio de diversos sons e gestos específicos, sendo o instrumento pelo qual a inteligência é desenvolvida.

A Linguagem corporal possibilita que o ser humano expresse mensagens sem o uso da fala, pois através de gestos e movimentos ocorrem também trocas de informações na na interação do grupo de crianças de forma espontânea, porém se o interesse do coletivo não estiver presente, o entendimento será de difícil compreensão.

Corpo – Movimento e Brincadeiras
Ao desenvolver atividades que despertam a área do movimento é imprescindível perceber aspectos que compõem a estrutura psicomotora da criança, para quem o movimento é tão importante quanto o amor, o cuidado, o descanso e a nutrição. Por meio do movimento, a criança canaliza sentimentos, expressa-se, desenvolve a criatividade e faz descobertas, aprendendo muito sobre si mesma, o outro e o meio.

Quando se trabalha o movimento, é necessário saber que as mudanças ocorrem em todas as crianças, porém em ritmos diferentes. A educação psicomotora consiste em desenvolver nelas os pré-requisitos psicológicos indispensáveis ao aprendizado, pois esse processo leva cada criança a tomar consciência do próprio corpo e da sua lateralidade, a situar-se no espaço e no tempo, adquirindo habilidade e coordenação nos gestos e movimentos. A educação psicomotora responde, portanto, a dupla finalidade:
  1. Assegurar o desenvolvimento funcional, considerando as possibilidades da criança.
  2. Ajudar sua afetividade, expandir-se e equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano.
O brincar não significa apenas recrear-se, antes pelo contrário, é a forma mais completa que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo.

A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. É importante proporcionar um ambiente rico para a brincadeira e estimular a atividade lúdica no ambiente familiar e escolar, lembrando que rico não quer dizer ter brinquedos caros, mas fazer com que elas explorem as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita (musical, corporal, gestual, escrita), fazendo com que desenvolvam a sua criatividade e imaginação.

É ao brincar que a criança aprende o que mais ninguém lhe pode ensinar. É dessa forma que ela se estrutura e conhece a realidade. Além de estar a conhecer o mundo, está a conhecer a si mesma. Ela descobre, compreende o papel dos adultos, aprende a comportar-se e a sentir-se como eles.

O ato de brincar pode incorporar valores morais e culturais, em que as atividades podem promover a autoimagem, a autoestima, a cooperação, já que o lúdico conduz à imaginação, fantasia, criatividade e à aquisição de um sentido crítico, entre outros aspectos que ajudam a moldar as suas vidas, como crianças e, futuramente, como adultos.

É através da atividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se nele, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser social.
“(...) a representação simbólica no brinquedo é, essencialmente, uma forma particular de linguagem num estágio precoce, atividade essa que leva diretamente à linguagem escrita.” (Vygotsky, 1991)
Linguagem oral, leitura e escrita
As atividades na área de Linguagem devem dar oportunidade à criança de exprimir, de formas variadas, ideias e sentimentos. Através do desenho, da oralidade, da dramatização, da escrita e de diversos outros meios, a criança desenvolverá linguagem própria, com autonomia e vocabulário rico.

Compreendendo que a linguagem é produzida nas relações sociais e que a criança só se apropria da língua à medida que participa da vida de outras pessoas que já a dominam, alunos e professores são chamados a participar das atividades para fortalecer laços afetivos tão importantes nessa faixa etária e garantir que o trabalho realizado estabeleça vínculo com a realidade da criança.

Nessa concepção, a linguagem não é inata, nem reconstruída pelos indivíduos, mas sim produzida por eles em suas relações sociais. Assumir essa perspectiva de que a linguagem é produzida pelos homens e que as crianças se apropriam dela, em vez de reconstruí-la, significa dizer que se deve ensinar a criança a usar a linguagem, seja ela oral, gestual, desenhada ou escrita, em situações de uso real, valorizando sua função social de comunicação.

Por isso, em todas as atividades, deve haver a valorização dos textos orais. Assim, nesta faixa etária, a leitura feita pelo professor às crianças, indicada por gestos, desenhos e símbolos gráficos que correspondem à oralidade no momento da leitura, produz as primeiras possibilidades de aquisição do conhecimento sobre o código especial que se transformará, futuramente, na escrita. Dessa forma, a literatura infantil deve estar presente nas atividades de todos os níveis escolares, fazendo a criança ouvir, ler, dramarizar, ilustrar, contar histórias e, assim, desenvolver uma forma discursiva de linguagem.

É na interação, na interdiscursividade, que a criança compreenderá o funcionamento da linguagem, isto é, para que, para quem, onde, quando e por que ela irá ler ou escrever.

Linguagem Matemática
"Aritmética não vem de livros, nem de explicações do professor, mas de cada pensamento das crianças, à medida que aritmetizam logicamente a realidade". (Constance Kamii)
O Conhecimento Matemático não se constitui num conjunto de fatos a serem memorizados. Aprender números é mais que contar, muito embora a contagem seja importante para a compreensão do conceito de número. As idéias matemáticas que as crianças constróem na Educação Infantil serão de grande importância em toda a sua vida escolar e cotidiana.

Uma proposta de trabalho com a Matemática deve encorajar a exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas, não apenas numéricas, mas também aquelas relativas à geometria, às medidas e às noções de estatística, de forma que as crianças desenvolvam e conservem com prazer uma curiosidade acerca da matemática, adquirindo diferentes formas de perceber a realidade.

No ensino de Matemática, o mais importante é o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático e da autonomia da criança. O pensamento lógico-matemático é fruto de construções internas que se dão na mente de cada um, e não tem como serem treinadas ou transmitidas.

Uma proposta assim incorpora contextos do mundo real, as experiências e a linguagem natural da criança no desenvolvimento das noções de matemática, sem, no entanto, esquecer que a escola deve fazer o aluno ir além do que parece saber, deve tentar compreender como ele pensa, que conhecimentos traz de sua experiência no mundo e fazer as interferências no sentido de ampliar suas noções matemáticas. Isto implica numa orientação do ensino que incorpora as brincadeiras, as histórias, cantigas, os jogos de regras, as atividades lúdicas, a elaboração de coleções, as atividades culinárias como fontes de aprendizagem, de forma que as crianças desenvolvam e conservem com prazer uma curiosidade acerca da Matemática, adquirindo diferentes formas de perceber a realidade, numa prática educativa focalizada na construção de um ambiente que atue como educador e que respeite os ritmos individuais no brincar, descobrir, interagir e produzir cultura.

Meio Ambiente
A questão ambiental está em alta por uma razão simples: necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação. Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já na educação infantil. O objetivo definido pelo Referencial Curricular Nacional é observar e explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, ter atitudes de cuidado e conservação.

Educação Alimentar
O papel da escola na formação de bons hábitos alimentares é uma grande preocupação da atualidade. É necessário haver a preocupação de oferecer refeições balanceadas, nutritivas e saborosas, na certeza de que, cultivando bons hábitos, a chance de incorporá-los no dia-a-dia da criança é bem maior. Crianças com bons hábitos alimentares formarão jovens e adultos mais conscientes e preocupados em fazer refeições e lanches saudáveis.

Não se pode esquecer que a infância é o período ideal para o desenvolvimento dos bons hábitos alimentares, pois é durante a fase infantil que esses hábitos são adquiridos.

A introdução de novos hábitos alimentares deve ser feita através de um trabalho educativo gradual e persistente.

Devem ser apresentadas atividades lúdico-didáticas que despertem o interesse das crianças para o aprendizado sobre a importância de uma alimentação mais saudável, como se alimentar adequadamente e o prejuízo que certos alimentos causam à sua saúde, além de estender a formação dos bons hábitos alimentares às famílias das crianças.

Observação: Vale esclarecer, que para alcançar as menções citadas em cada linguagem, serão utilizadas músicas e poesias de Vinícius de Moraes, atendendo assim, a proposta pedagógica deste ano letivo. As canções do compositor irão disparar temas e práticas necessárias e interessantes ao grupo de crianças, ampliando as discussões a partir das letras das músicas e do que elas inspiram e provocam na educadora e na turma.

Avaliação
No que diz respeito à avaliação, acredito que a melhor sugestão, seja o acompanhamento longitudinal do progresso do aluno, isto é, comparar a criança consigo mesma, não com outras crianças. É importante lembrar ser fundamental o redirecionamento da aprendizagem mediante observação das hipóteses que a criança faz, não aceitando a mecanização que desrespeita o processo de construção individual do aluno. Trata-se, portanto, de uma avaliação formativa.

Na condição de mediador, o educador acompanha o progresso do educando, tendo indicadores básicos e contínuos de suas ações e atividades, sem, contudo atribuir caráter de avaliação formal por meio de testes, porque essa atitude descaracterizaria os propósitos da Educação Infantil.

Organização do cotidiano educativo
Roda da conversa: Os objetivos da roda incluem a promoção do desenvolvimento intelectual, social e moral por meio de atividades envolvendo autorregulagem, cooperação e coordenação de perspectivas. As práticas desenvolvidas neste momento privilegiado do trabalho diário com as crianças incluem músicas, literaturas, temas especiais, rotinas, chamada, escolha dos ajudantes, planejamento das situações, combinado de regras, tomada de decisões, discussão de problemas na sala e dilemas sociais e morais. Deve durar entre 15 e 20 minutos ou quanto for necessário. Geralmente, é feita na entrada de cada período.

Cantinhos/ Atividades diversificadas: Essa hora talvez seja a mais importante do período. Trata-se de um momento no qual as crianças optam por produzirem em grupos menores, através de jogos de faz-de-conta, atividades de conhecimento físico, manuseio/ leitura de livros de histórias, brinquedos diversos como jogos de tabuleiro e de encaixe, expressão artística. As atividades propostas devem atrair os interesses das crianças, desafiarem seu raciocínio e estimular sua autorregulagem e cooperação. Durante a hora dos cantinhos, o professor intermedeia as negociações e experiências compartilhadas entre elas. Dessa forma, temos como alguns exemplos de cantinhos: desenho, pintura, recorte e colagem, faz-de-conta (casinha, ferramentas, cantinho da leitura), brinquedos diversos, jogos, construções tridimensionais, modelagem etc.

Hora da arrumação: É um momento para se trabalhar o desenvolvimento dos sentimentos de necessidade moral e responsabilidade das crianças. Os cuidados com a sala devem ser motivados por atitudes de consideração e justiça para com todos no grupo. É importante encorajar as crianças a assumirem esta responsabilidade, os profissionais da educação devem reduzir sua autoridade e entregarem a autoridade moral para elas, promovendo o desenvolvimento da autorregulagem das mesmas. Os problemas com a arrumação inevitavelmente oferecem oportunidades para discussões que ajudam as crianças a refletirem sobre as razões práticas e morais para a limpeza, organização e consequentemente, preservação dos bens e do meio em que estão inseridas.

Parque e/ou atividades externas: Acontecem fora da sala de aula e o professor deve se preocupar em oferecer várias opções para que as crianças possam brincar, imitar, movimentar-se e criar em interação com os colegas, de forma livre ou dirigida pela educadora. Devem acontecer nas diferentes áreas externas da unidade escolar, compreendendo todos os espaços da escola como espaços educativos.

Lanche/Higiene/Escovação: A hora da merenda e higiene é mais do que apenas um momento para a satisfação das necessidades fisiológicas. É uma situação rica em potencial para partilhar experiências, tão centrais ao desenvolvimento infantil do entendimento interpessoal. O humor infantil é especialmente prevalente durante as refeições. É importante que os educadores envolvidos permitam que as crianças sentem-se onde e com quem desejam, oferecendo auxílio, lembrando-as sobre bons hábitos de saúde, higiene e nutrição. Além disso, é necessário encorajá-las a experimentarem tudo o que é oferecido, não desperdiçando, envolvendo-as na limpeza. Nossa proposta é fazer o autosservimento, em que cada um escolhe os alimentos que irá consumir e se serve. A prática de higiene pessoal também é aproveitada para estabelecer vínculos afetivos com a equipe escolar envolvida e trabalhar conteúdos dos conhecimentos físico, social e lógico-matemático.

Os registros individuais serão feitos através de relatório, ou seja, texto escrito que registra a ação da criança durante a realização das atividades propostas, contextualizando, nos objetivos dos projetos de aprendizagem e na internacionalidade pedagógica daquele período, as observações na ficha de registro de cada criança. As informações do relatório devem ser discutidas com a coordenação pedagógica para que sejam apresentadas, de fato as conquistas e também as dificuldades das crianças para que intervenções sejam planejadas com maior fidedignidade às necessidades e curiosidades das mesmas. O texto do relatório deve ser claro e objetivo, com linguagem acessível aos pais ou responsáveis das crianças, pois se constitui em instrumento necessário para o acompanhamento da família. Com as informações documentadas nas fichas e no relatório, os professores, a coordenação pedagógica e a direção da instituição poderão além de refletir, acompanhar e avaliar o trabalho realizado, cabendo à direção sistematizar os dados coletados e informar aos pais ou responsáveis a avaliação da aprendizagem das crianças.

PLANEJAMENTO TRIMESTRAL

Primeiro trimestre (Fevereiro, Março, Abril)
TELA:

Romero Brito – Brendans Cat

Canções 
  • A Arca De Noé - Vinicius De Moraes / Toquinho / Ernst Nahle
  • O Leão - Vinicius De Moraes
  • O Pato - Vinicius De Moraes
  • A Foca - Vinicius De Moraes
  • O Gato - Bucalov / Toquinho & Vinicius De Moraes
  • O Peru - Vinicius de Moraes
  • O Porquinho - Vinicius de Moraes
  • O Pingüim - Vinicius De Moraes / Paulo Soledade
  • O Pintinho - Pipo Caruso / Vinicius De Moraes / Sergio Bardotti / Gilda Mattoso & Toquinho


Práticas Pedagógicas
  •  Características dos animais
  •  Letra da música
  •  Expressão Corporal
  •  Dança
  •  Habitat
  •  Alimentação
  •  Leitura de livro/história
  •  Filme (Happy Feet)
  •  Desenhos referentes aos animais
  •  Produção dos animais em 3D


Segundo trimestre (Maio, Junho, Julho)
TELA:

Romero Brito –Land of Milk and Honey

Canções 
  • A Formiga – Vinicius de Moraes
  • As Abelhas - Vinicius de Moraes
  • A Pulga - Vinícius De Moraes / Toquinho 
Práticas Pedagógicas
  • Meio Ambiente: animais e plantas
  • Pesquisa na escola referente aos animais e plantas que podem ser encontrados no ambiente escolar
  • Movimento Corporal
  • Plantar flores
  • Letra da música
  • Filme (Vida de Inseto)
  • Associação com músicas do CD Palavra Cantada
  • Construções em 3D

Terceiro trimestre (Agosto, Setembro)
TELA:

Tarsila do Amaral – Família

Canções 
  • Os Bichinhos E O Homem - Vinicius de Moraes
  • Menininha - Vinicius de Moraes
  • A Casa - Vinicius de Moraes
  • A Porta - Vinicius de Moraes
  • O Relógio - Vinicius de Moraes

Práticas Pedagógicas
  • Moradia
  • Família
  • Fotografias
  • Convidar a família para contar a história do nascimento da criança
  • Pesquisa da história do nome
  • Museu do bebê
  • Construções em 3D
  • Livro: Bom dia Marcos

Quarto trimestre (Outubro, Novembro, Dezembro)

TELA:

Romero Brito

Canção 
  • Aula De Piano – Vinicius de Moraes

Práticas Pedagógicas
  • Música
  • Instrumentos musicais
  • Pesquisar entre as famílias possíveis músicos para que venham realizar apresentações para as crianças
  • Notas musicais e seus sons
  • Diferentes ritmos (samba, música raiz, bossa nova, clássica)
  • Diferentes épocas (anos 60, 70, 80...)
  • Confecção de instrumentos musicais com sucata
  • Sequência rítmica
  • Quantidade

Bibliografia
BRASIL. Ministério da educação e do Desporto/Secretaria do Ensino fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: introdução. Brasília. V. 1. 1998.
KAMMII,Constance. A criança e o número. Campinas-SP: Papirus,1995.
SMOLKA: GÓES, M.C.R. (Org.). A linguagem e o outro no espaço escolar. Vigotsky e a constução do conhecimento. Campinas: Papirus.1994.

Sites
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil
http://www.letras.com.br/viniciusdemoraes
http://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/menininha

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